Diretor de Relações Institucionais do
time paraibano, Ênio Azevedo explica que a decisão foi dada
monocraticamente pelo ministro Luiz Fux
Ministro Luiz Fux nega liminar da CBF, que pretendia tirar o time da SérieC do Brasileiro
(Foto: Divulgação / STF)
(Foto: Divulgação / STF)
O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, negou o pedido
de liminar da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que pretendia
cassar as três decisões da 1ª Vara Cível de Campina Grande que garantem a
permanência do Treze na Série C do Campeonato Brasileiro. As garantias
são do diretor de Relações Institucionais do time paraibano, Ênio
Azevedo, que explica que a decisão foi dada monocraticamente na tarde
desta terça-feira.
Na ação, a entidade alegava que as liminares dadas pela Justiça da
Paraíba feriam a autonomia organizacional e de funcionamento da CBF. Mas
para Ênio, a decisão do STF mostra que o clube tem um “bom direito”.
Segundo ele, os seguidos julgamentos que terminaram favoráveis à equipe
paraibana demonstram que o Galo tem razão.
- O ministro Luiz Fux negou o pedido da CBF. Nós tínhamos 99% de
certeza de que seria negado, pois não tem nenhum fundamento jurídico.
Isso mostra que nosso direito é bom. Muitos dizem que ganhamos a vaga no
tapetão, mas não é nada disso. Fomos apenas atrás de justiça - disse o
dirigente.
A decisão do STF não anula as ações que correm no Superior Tribunal de
Justiça (STJ). Na quarta-feira passada, foi iniciado o julgamento de
conflito de competência, que decide qual Justiça estadual deve julgar o
caso. No entanto, ele foi adiado depois que o ministro Luís Felipe Salomão pediu vistas. O relator do processo, Marco Buzzi, já votou a favor de que a competência do processo fique com a Paraíba.
- Nós acreditamos que o mérito vai voltar para a 1ª Vara Cível de
Campina Grande, pois ela foi o primeiro tribunal a julgar a ação.
Estamos confiantes - afirmou Ênio Azevedo.
Segue o campeonato
Depois de muita confusão, o Treze acabou se confirmado na Série C. O
time, inclusive, vai melhorando após um início ruim. Depois de quatro
derrotas e apenas um empate, já foram duas vitórias conquistadas, que
levaram o clube para os sete pontos e para fora da zona de rebaixamento
do Grupo A.
Entenda o caso
O Treze tentava, através de medidas judiciais, a vaga que pertencia ao
Rio Branco para disputar a Série C do Brasileiro. No ano passado, a
equipe acriana, após ter o seu estádio interditado pelo Ministério
Público, acionou a Justiça Comum e acabou desclassificada da competição.
Um acordo posterior com a CBF, no entanto, permitiu o retorno do clube.
Como ficou na quinta colocação da Série D, o Galo da Borborema se
sentiu prejudicado e, por isso, ingressou com uma ação pedindo a vaga
junto ao STJD, onde foi derrotado por unanimidade. Sem saída, o
alvinegro paraibano 'apelou' para a Justiça Comum e conseguiu uma
liminar, expedida pela juíza da 1ª Vara Cível de Campina Grande, Ritaura
Rodrigues, para disputar o campeonato. A liminar em seguida foi mantida
pelo desembargador Genésio Gomes Pereira Filho, do TJ da Paraíba.
Depois disto, o Rio Branco ingressou com recursos no Tribunal de
Justiça da Paraíba tentando cassar a liminar, mas o desembargador
Genésio Gomes Pereira Filho a manteve em segunda instância.
Paralelamente a isto, o Estado do Acre ingressou com uma ação contra a
CBF em Rio Branco, e o juiz Anastácio Lima de Menezes Filho emitiu
liminar em favor do clube local.
Depois, foi a vez do Araguaína entrar na briga. O clube alega que, como
ficou em último lugar no Grupo do Rio Branco na Série C do ano passado,
e como apenas um caía em cada grupo, seria dele a vaga na competição em
caso de exclusão do Rio Branco. Também conseguiu liminar em seu favor,
expedida pelo juiz Sérgio Aparecido Paio.
Com tantas decisões, um Conflito de Competência foi protocolado pelo
Treze. Liminarmente, o ministro Marco Buzzi disse que o caso deveria
seguir com a justiça da Paraíba, mas agora o caso está sendo analisado
pelo pleno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário