Rubro-Negro leva a melhor na maior disputa da marca da cal da história da Libertadores. Riquelme e Martínez, ex-Corinthians, perdem duas cobranças
O Boca dessa vez estava completo, mas a goleada sofrida pelos reservas há três dias serviu no mínimo como um sinal de respeito. Nos primeiros 15 minutos, o time da Bombonera jogou com os 11 atrás da linha do meio de campo. Marcação atenta a Scocco, Maxi Rodríguez e Figueroa. Os dois primeiros atacantes foram discretos, enquanto o centroavante sequer foi notado em todo o primeiro tempo. Sem espaço, o Newell's fez blitz de chuveirinhos para a área, mas só conseguiu uma cabeçada com Heinze, sem levar perigo.
Mas o respeito e o foco na marcação não impediu o Boca de atacar. Foram os visitantes que tiveram as chances mais reais de gol. Vez ou outra, Riquelme aparecia livre pelo meio. Numa oportunidade, o craque tabelou com blandi e bateu colocado, perto do ângulo de Guzmán. Depois, Heinze foi providencial ao cortar um cruzamento para Blandi, que já armava o chute de primeira na entrada da pequena área. O time rubro-nero não assustou Orión, mas a torcida sim. Vários objetos foram arremessados no goleiro, que tinha dificuldade de cobrar cada tiro de meta. O clima permaneceu nervoso até o intervalo.
O Boca atrasou para voltar para o segundo tempo e irritou os adversários. Valia tudo na batalha. Mais experiente nas táticas de guerrilha da Libertadores, a equipe xeneize continuava cozinhando o rival. Seguia melhor na defesa e no ataque. E sempre com Riquelme. Em jogada individual, o camisa 10 dribou o marcador e cruzou na cabeça de Blandi, que testou na trave de Guzmán. O atacante voltou a aparecer com perigo num escanteio, mas Casco salvou em cima da linha. O gol parecia questão de tempo, não fosse por Clemente Rodríguez. O experiente volante fez falta para impedir o contra-ataque do Newell's e levou o amarelo. Irritado, peitou o árbitro Germán Delfino e foi expulso.
Mudou tudo. Carlos Bianchi sacou Blandi e colocou o meia Zárate. E o dominante Boca passou a ser ainda mais cauteloso e voltou a jogar com todos no campo de defesa. Também começou a fazer cera. O empate sem gols, que levava a decisão para os pênaltis, tornou-se agradável. O Newell's tentou pressionar, mas estava difícil para chegar na área visitante. O jeito era arriscar de longe, e assim quase Mateo surpreendeu. A bomba passou pertinho do ângulo. Nos minutos finais, quando a zaga já não tinha mais pernas, Orión salvou e levou a disputa para as cobranças alternadas.
O duelo argentino reservou a maior disputa de pênaltis da história da Libertadores. Com um a mais, o Newell's tirou o zagueiro Heinze da disputa, e ao todo os times executaram 26 cobranças. Todos os jogadores bateram, incluindo os goleiros, e a série voltou para os primeiros cobradores. Riquelme, que perdeu o primeiro pênalti, converteu o segundo. Martínez, ex-Corinthians, que guardou o primeiro, chutou para fora o segundo. E depois de desperdiçar duas chances de encerrar a disputa, os donos da casa se classificaram com o segundo pênalti convertido por Maxi Rodríguez. Confira como foram todas as cobranças:
Riquelme (Boca) - perdeu
Scocco (Newell's)- converteu
Pérez (Boca) - converteu
Vergini (Newell's) - converteu
Martínez (Boca) - converteu
Maxi Rodríguez (Newell's) - converteu
Somoza (Boca) - converteu
Cáceres (Newell's) - perdeu
Caruzzo (Boca) - perdeu
Urruti (Newell's) - perdeu
Orión (Boca) - converteu
Casco (Newell's) - converteu
Ribair Rodríguez (Boca) - converteu
Tonson (Newell's) - converteu
Erbes (Boca) - converteu
Bernardi (Newell's) - converteu
Zárate (Boca) - perdeu
Orzán (Newell's) - perdeu
Marín (Boca) - converteu
Guzmán (Newell's) - converteu
Riquelme (Boca) - converteu
Scocco (Newell's) - converteu
Pérez (Boca) - converteu
Vergini (Newell's) - converteu
Martínez (Boca) - perdeu
Maxi Rodríguez (Newell's) - converteu
GE
Nenhum comentário:
Postar um comentário