Segundo Marisa, o
jogador paraibano de fato contratou a RLins para realizar obras na
área do novo centro de treinamento que ele pretendia construir em
Campina Grande, sua terra natal. Mas que ao contrário do que o
advogado de acusação falou, Hulk vinha cumprindo rigorosamente o
pagamento de todas as parcelas previstas nos termos do contrato.
Pagamentos estes que só foram interrompidos quando ficou claro que a
construtora não estava honrando sua parte no acordo.
- O fato é que a
construtora recebia os pagamentos de Hulk, mas não repassava os
salários a seus funcionários. Estes acabaram entrando em greve e a
obra parou. Foi a construtora que não cumpriu o que prometeu. Hulk
pagou o valor equivalente a 60% da obra, mas a construtora não
realizou nem mesmo 20% dela. Temos todos os recibos que comprovam isto. Mas
quando ele percebeu esta discrepância, interrompeu os pagamentos
para avaliar o que estava de fato acontecendo – declarou a
advogada.
Hulk pagou o valor equivalente a 60% da obra, mas a construtora não realizou nem mesmo 20% dela"
Marisa Alija, advogada
- A construtora também
não pagou a fornecedores. E por mais que a obra tivesse sido
encomendada para a construtora todo mundo na cidade sabe que ali
seria o CT do Hulk. Muitos, portanto, ligam a obra diretamente ao
jogador. E é por isto que até hoje a gente recebe cobranças.
Pessoas querendo receber de Hulk por uma dívida que é da
construtora – explicou.
Marisa Alija disse, por
fim, que o jogador está tranquilo e completamente embasado
judicialmente. E que ele tem como comprovar a verdade dos fatos.
- Vamos resolver isto
judicialmente – finalizou.
Entenda o caso
O processo de número
0028296-54.2013.815.0011 está tramitando na 3ª Vara Cível de
Campina Grande. Nele, a RLins Construções, Serviços e Locações
alega que gastou R$ 1,5 milhão para realizar a primeira e a segunda
etapas da obra de construção do centro de treinamento de Hulk e também a
reforma de cinco casas que seriam de irmãs do jogador.
Com relação ao CT, a
empresa alega que precisou custear toda a parte de dinamitação para
destruir umas pedras grandes que existiam no local; os trabalhos de
aterragem de
uma pequena barragem que existia na área; e a intervenção para tornar
plano todo a terreno. E que além dos gastos com a obra em si, a empresa
precisou custear
também os serviços de topografia e os alvarás emitidos
pelos órgãos ambientais, autorizando os trabalhos.
Por fim, a parte autora
da ação diz que do montante total gasto, recebeu do jogador apenas
R$ 300 mil. O valor de R$ 1,2 milhão, portanto, seria a diferença
entre o que foi gasto e o que foi recebido. Na ação, inclusive, a
parte pede que a Justiça indique um engenheiro do Conselho Regional
de Engenharia e Arquitetura para que ele possa atestar os valores
investidos na área do CT.Globoesporte.com/PB
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