O penúltimo teste da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo serviu para o técnico Luiz Felipe Scolari ter uma certeza: Neymar é craque e imprescindível para a conquista do hexa. Com uma atuação de gala do camisa 10, o Brasil nem precisou ser brilhante coletivamente para golear o Panamá, por 4 a 0, na tarde desta terça-feira, no Estádio Serra Dourada, em Goiânia.
Coletivamente, a Seleção mostrou que ainda está só em começo de preparação, mas o nível já é suficiente para passar pela primeira fase. A defesa, incluindo o volante Luiz Gustavo, praticamente não foi exigida. Do meio para frente, as decepções foram o meia Oscar, muito tímido, e o atacante Fred, que perdeu um gol feito. Hulk também foi muito bem, assim como os reservas Willian e Maicon.
Antes da estreia contra a Croácia, no dia 12, fica expectativa para uma possível evolução para o último amistoso contra a Sérvia, que acontece na próxima sexta-feira, no Morumbi. Até lá, o zagueiro Thiago Silva e os volantes Paulinho e Fernandinho já devem estar à disposição, já que ficaram na Granja Comary, em Teresópolis, treinando a parte física.
Mesmo sem brilhar...
O jogo demorou a esquentar. Com as linhas distantes uma das outras e um ritmo lento, o Brasil demorou a conseguir chegar à meta do goleiro McFarlane. Também contribuiu o fato do time canarinho estar, visivelmente, receoso com as entradas mais ríspidas do adversário.
Depois de abusar dos lançamentos longos, nos primeiros minutos, a Seleção finalmente passou a tocar mais a bola a partir dos 20 minutos. Até que aos 25, Neymar recebeu em velocidade e foi derrubado à frente da área. Na cobrança, aos 26, ele mesmo bateu com maestria, no ângulo direito do goleiro. Um golaço. Gol de número 200 na carreira do atacante.
O golaço de falta recolocou o “menino Ney” no jogo. Logo na jogada seguinte, o camisa 10 fez uma linda jogada. Ele tocou entre as pernas do ex-zagueiro do Grêmio Baloy e cruzou na medida para o atacante Fred. O camisa 9, contudo, atacou de zagueiro e cabeceou torto.
O time brasileiro continuou dominando amplamente pelos minutos seguintes, enquanto o goleiro Júlio César seguiu como mero espectador. O segundo gol saiu ainda no primeiro tempo. Aos 39 minutos, o lateral Daniel Alves recebeu passe do meia Oscar, cortou um marcador e bateu, de fora da área, no canto direito de McFarlane.
Menino Ney brilha
A segunda etapa começou com uma jogada de Neymar, logo no primeiro minuto. Com espaço, ele recebeu fora da área, de costas para o gol. Com um lindo toque de calcanhar, o craque desmontou a defesa adversária e encontrou Hulk livre. O atacante, com categoria, bateu de três dedos, na saída do goleiro.
Neymar continuou impossível e o Brasil poderia ter feito o quarto não fosse a falta de pontaria de Fred. Aos quatro minutos, o camisa 10 escapou pela direita e cruzou na medida para o centroavante, que mais uma vez cabeceou errado, para fora. Três minutos depois, o próprio Neymar invadiu a área pela esquerda e chutou de canhota, para grande defesa de McFarlane.
Depois de um início empolgante, a Seleção diminuiu o ritmo e viu o adversário ter um raro momento de domínio. O primeiro gol panamenho até poderia ter saída, principalmente na bola aérea. Aos dez minutos, por exemplo, o meia Quintero cabeceou em cruzamento, Júlio César escorregou, mas se recuperou a tempo de mandar para escanteio.
Logo, porém, o time brasileiro conseguiu voltar a controlar a partida. E melhorou, sobretudo, com a entrada de Willian na vaga do tímido Oscar. Foi do ex-meia do Corinthians o quarto gol. Neymar, sempre ele, avançou pelo meio e deu lindo passe para o lateral Maxwell na esquerda. O ala tocou tirando do goleiro e Willian só bateu para o gol.
Nos minutos finais, o Brasil poderia ter marcado o quinto e o sexto gol, mas acabou não acertando a pontaria. O destaque foi uma trapalhada do árbitro boliviano Raul Orosco. Aos 36 minutos, ele deu um toque de mão do zagueiro Gómez e expulsou o jogador. Após o auxiliar assinalar impedimento, ele cancelou o pênalti e o cartão.
Agência Futebol Interior
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