Gottardo se reuniu com os jogadores na última terça-feira (Foto: Vitor Silva/SSPress)
Cientes da atual situação do Botafogo, que vive péssima
situação financeira e deve cinco meses de direitos de imagem, três meses
de salários na carteira de trabalho e não depositou o fundo de garantia
(FGTS) dos jogadores, alguns integrantes do elenco já se mostram
favoráveis a uma possível saída do clube enquanto a situação não é
resolvida pela diretoria.
Porém, a saída seria apenas caso surjam
propostas, pois nenhum jogador pensa em entrar na Justiça para pedir a
rescisão – até o momento – para evitar um provável desgaste com a
torcida e com os companheiros. A quebra de contrato é possível quando o
clube fica três meses sem pagar os vencimentos na carteira de trabalho.
Este
pensamento fica claro com a saída de Jorge Wagner para o Kashima
Antlers (JAP). Já insatisfeito com os atrasos, o meia viu com bons olhos
o retorno para o futebol asiático e entrou em acordo com o Glorioso
para reduzir a dívida e receber de forma parcelada.
Por outro lado, outros pensam em continuar no clube até o fim do ano,
pelo menos, já que, mesmo sofrendo com os atrasos, veem o Botafogo e o
Campeonato Brasileiro como uma grande vitrine para o futebol nacional e
mundial.
Alguns jogadores não podem atuar por clubes do Brasil,
mesmo que queiram. A maior parte dos titulares já fez mais de sete
partidas no Brasileirão e só pode ser negociada com clubes estrangeiros.
Porém, alguns medalhões como Marcelo Mattos (um jogo), André Bahia
(quatro jogos) e Ferreyra (três jogos), por exemplo, podem atuar no
Brasileiro por outro clube.
O
meia Carlos Alberto, que fez apenas três partidas pelo Botafogo no
Brasileirão, garantiu que não existe nenhum tipo de acordo entre os
jogadores para que não entrem na Justiça e que isso fica a critério de
cada um.
- Acordo não tem, até porque isso é muito particular. Não
sei qual é a necessidade de cada um e isso tende a acontecer com
jogadores mais jovens. Enquanto isso não se resolve, só podemos jogar e
tentar vencer os jogos - afirmou.
SITUAÇÃO DO ELENCO
SÓ FORA DO
PAÍS - Caso alguns jogadores recebam propostas de clubes do Brasil,
eles até podem ir embora, mas não poderão ser usados no Brasileiro por
terem atuado em pelo menos sete partidas da competição. Caso de
Jefferson (sete jogos), Edilson (nove) e Dória (oito), por exemplo.
Nesses casos, deixar o país seria a melhor opção. Jefferson e Dória, por
exemplo, são constantemente assediados por clubes do futebol europeu,
mas uma venda não é cogitada no momento, pois o dinheiro de uma
transferência seria bloqueado pela Justiça.
PODEM FICAR - Boa
parte dos reservas ou dos jogadores que chegaram durante a disputa do
Campeonato Brasileiro ainda não completou os sete jogos e pode se
transferir para outro clube do Campeonato Brasileiro. Caso dos
experientes Julio Cesar (quatro jogos), André Bahia (quatro), Marcelo
Mattos (um) e Ferreyra (três). Até o próprio Carlos Alberto, titular
contra o Flamengo, pode atuar por outro clube da elite do futebol
brasileiro, já que fez apenas três jogos pelo Glorioso. O goleiro Renan,
com quatro partidas, já pediu para ser negociado e treina à espera de
propostas para deixar General Severiano.
Por Lancenet
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