Wescley, de 55 anos, está desaparecido desde quarta-feira (10).
“Falaram que ele foi morto”, diz. “Meu único desejo é que ele apareça. Vivo ou morto. Não quero falar de ninguém. Se ele estiver mesmo morto, só quero dar um enterro digno. Não quero que meu filho seja enterrado como indigente.”
Apoiada pela força dos familiares e das ligações de ex-jogadores que foram colegas de Wescley, Dinéia conta que o filho estava feliz por ter conseguido um emprego de auxiliar de eletricista e estava indo diariamente a Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde foi visto pela última vez. Animado com o novo trabalho, o filho havia prometido uma visita no domingo (7) para quebrar o jejum de mais de um mês sem ver a mãe. Acabou não indo.
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“Ele é muito querido por todos. O Paulo Cezar Caju, o Jairzinho”, conta Dinéia, citando ex-craques e companheiros de Wescley no Botafogo, onde atuou por cinco anos no profissional, entre 1977 e 1982.
Segundo a mãe, ele entrou para o juvenil do clube aos 12 anos de idade: “Meu filho viajou para o exterior com o Botafogo. Muitos jogadores freqüentavam a minha casa”, lembra. Wescley está separado e tem cinco filhos. De acordo com Dinéia, o caçula segue os passos do pai e tenta carreira nas categorias de base do mesmo time.
Suspeita de morte por engano
A família suspeita que Wescley e um amigo tenham sido mortos por traficantes ao serem confundidos com policiais. Os dois foram visitar uma pessoa na favela Jardim Gramacho, em Caxias. Nesta quinta-feira (11), bombeiros e policiais civis fizeram buscas na região, mas até a última atualização desta reportagem não havia informações dos desaparecidos.
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