29/11/2013

'Caixa preta' pode ajudar a solucionar causa do acidente na Arena Corinthians



Após o embargo provisório de operações com guindastes na Arena Corinthians, a Odebrecht aguarda a chegada de técnicos alemães da empresa responsável pelo guindaste envolvido no acidente para abrir a "caixa preta" do equipamento, que consiste em um HD instalado na cabine para gravar as informações operacionais e até os movimentos do veículo. Esta "caixa preta" pode ajudar a esclarecer o que causou o tombamento do guindaste, que derrubou três estruturas metálicas e matou duas pessoas em acidente na última quarta-feira. O grupo vindo da Alemanha já está em São Paulo e segue para Itaquera.
De acordo com Flávio Ferreira, diretor da Sintrapav ( Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada Infraestrutura e Afins do Estado São Paulo), ninguém na obra conhece tão a fundo essa aparelhagem como os técnicos alemães. Ferreira contou também que, no momento do acidente, o motorista do guindaste pulou. Ele não quis falar ainda, pois está muito abalado e só vai ser ouvido no inquérito policial.
A Odebrecht trabalha com três hipóteses para o acidente: defeito no guindaste, problema no solo e falha do operador. Em 30 dias sairá um laudo com a definição do que será feito com a peça que era içada pelo guindaste e caiu. Não está descartada a possibilidade de cortá-la ao meio.
Mesmo com o embargo dos guindastes, a obra terá as atividades retomadas na próxima segunda-feira. Os trabalhos que não necessitam utilizar guindastes serão executados normalmente, excetuada a área interditada pela Defesa Civil - correspondente a 30% do prédio Leste e a menos de 5% da área da Arena. 
Exemplos de trabalhos que não utilizam guindastes são instalações elétricas e hidráulicas, de assentos definitivos, de revestimentos de pisos, paredes e forros e de sistemas de som. Também os trabalhos de acabamento nas áreas externas da Arena, como acessos para veículos e torcedores, estacionamentos e muros, prosseguirão normalmente.
Ferreira explicou que todos os trabalhos verticais na obra da Arena Corinthians - ou seja, aqueles que envolvam guinchos e guindastes - podem ser paralisados até o dia 12 de dezembro, quando haverá uma reunião no Ministério Público do Trabalho para apurar o que de fato aconteceu no acidente que matou dois operários na quarta-feira.
Duas empresas terceirizadas fazem os serviços verticais, a Alufer e Locar. Com a paralisação deles, a obra seria limitada aos trabalhos de acabamento. 
Dois operários morreram no acidente, na quarta-feira: Fabio Luiz Pereira, 42 anos, motorista e operador, e Ronaldo Oliveira Santos, 44 anos, montador.
info acidente arena corinthians - 2 (Foto: arte esporte)
Globo Esporte

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