11/01/2014

Advogada de Hulk rebate construtora e diz que atleta honrou pagamentos


Hulk, atacante, em Campina Grande (Foto: Silas Batista / GloboEsporte.com/pb)Hulk, atacante, em Campina Grande (Foto: Silas Batista / GloboEsporte.com/pb)
A advogada Marisa Alija, que defende o atacante paraibano Hulk (do Zenit e da Seleção Brasileira), rebateu na noite desta sexta-feira todas as acusações feitas pelo advogado Paulo de Tarso, que representa os donos da empresa RLins Construções, Serviços e Locações numa ação que cobra do atleta um montante que gira em torno de R$ 1,2 milhão. A jurista disse que as declarações “não correspondem à verdade dos fatos” e que o jogador tem todos os documentos que comprovam que a quebra de acordo no contrato firmado entre as partes partiu da construtora, e não do jogador.
Segundo Marisa, o jogador paraibano de fato contratou a RLins para realizar obras na área do novo centro de treinamento que ele pretendia construir em Campina Grande, sua terra natal. Mas que ao contrário do que o advogado de acusação falou, Hulk vinha cumprindo rigorosamente o pagamento de todas as parcelas previstas nos termos do contrato. Pagamentos estes que só foram interrompidos quando ficou claro que a construtora não estava honrando sua parte no acordo.  
 - O fato é que a construtora recebia os pagamentos de Hulk, mas não repassava os salários a seus funcionários. Estes acabaram entrando em greve e a obra parou. Foi a construtora que não cumpriu o que prometeu. Hulk pagou o valor equivalente a 60% da obra, mas a construtora não realizou nem mesmo 20% dela. Temos todos os recibos que comprovam isto. Mas quando ele percebeu esta discrepância, interrompeu os pagamentos para avaliar o que estava de fato acontecendo – declarou a advogada.
Hulk pagou o valor equivalente a 60% da obra, mas a construtora não realizou nem mesmo 20% dela"
Marisa Alija, advogada
 Ela pondera ainda que o jogador chegou a pagar do próprio bolso, por fora do que estava acordado em contrato, salários dos funcionários da obra, mas que nem isto foi suficiente para solucionar o impasse.
- A construtora também não pagou a fornecedores. E por mais que a obra tivesse sido encomendada para a construtora todo mundo na cidade sabe que ali seria o CT do Hulk. Muitos, portanto, ligam a obra diretamente ao jogador. E é por isto que até hoje a gente recebe cobranças. Pessoas querendo receber de Hulk por uma dívida que é da construtora – explicou.
Marisa Alija disse, por fim, que o jogador está tranquilo e completamente embasado judicialmente. E que ele tem como comprovar a verdade dos fatos.
- Vamos resolver isto judicialmente – finalizou.
Entenda o caso
O processo de número 0028296-54.2013.815.0011 está tramitando na 3ª Vara Cível de Campina Grande. Nele, a RLins Construções, Serviços e Locações alega que gastou R$ 1,5 milhão para realizar a primeira e a segunda etapas da obra de construção do centro de treinamento de Hulk e também a reforma de cinco casas que seriam de irmãs do jogador.
Com relação ao CT, a empresa alega que precisou custear toda a parte de dinamitação para destruir umas pedras grandes que existiam no local; os trabalhos de aterragem de uma pequena barragem que existia na área; e a intervenção para tornar plano todo a terreno. E que além dos gastos com a obra em si, a empresa precisou custear também os serviços de topografia e os alvarás emitidos pelos órgãos ambientais, autorizando os trabalhos.
Por fim, a parte autora da ação diz que do montante total gasto, recebeu do jogador apenas R$ 300 mil. O valor de R$ 1,2 milhão, portanto, seria a diferença entre o que foi gasto e o que foi recebido. Na ação, inclusive, a parte pede que a Justiça indique um engenheiro do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura para que ele possa atestar os valores investidos na área do CT.

Globoesporte.com/PB 

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