13/03/2014

COPA DO NORDESTE: Sport volta a vencer Santa Cruz na Ilha do Retiro e se aproxima da final


O mesmo filme, outro enredo. Menos de uma semana depois, o Sport voltou a vencer o Santa na Ilha. Desta vez, em um duelo mais equilibrado e 'aceitável'. Na última quinta-feira, pelo Campeonato Pernambucano, o Rubro-negro construiu o placar de 3 a 0 em apenas 29 minutos. Na noite desta quarta, o Clássico das Multidões teve mais cara de clássico. Mas não impediu que o Leão voltasse a se impor dentro de casa. A vitória por 2 a 0 foi um passo largo do Sport rumo à classifcação para final da Copa do Nordeste. Se fizer um gol no Arruda, na próxima quarta-feira, o Leão obrigará o Santa a marcar quatro.
Justifica-se a festa em vermelho e preto. Principalmente a de Neto Baiano, autor de mais um gol decisivo. Como na semana passada, Felipe Azevedo voltou a balançar a rede. Mas o segundo gol rubro-negro ficou marcado pela falha de Tiago Cardoso. Fato raro. Raríssimo. Principalmente neste contexto do Clássico das Multidões. Principalmente, na Ilha do Retiro.  

O resultado deixa o Sport em rota de colisão com o Ceará, que goleou o América-RN por 4 a 0 no Casteão, no primeiro duelo da outra semifinal, também na noite desta quarta-feira. Foi o terceiro clássico de Vica em Pernambuco. O comandante tricolor ainda não conseguiu vencer nenhum rival. Já Eduardo Baptista comemorou a sétima vitória em nove jogos. Desde que assumiu o Leão, o técnico ainda empatou um e perdeu outro jogo.  
sport x santa cruz (Foto: Antônio Carneiro / Pernambuco Press)Rubro-negros festejam enquanto Caça-Rato amarga o gol do rival (Foto: Antônio Carneiro / PE Press)
O lance capital
Errou quem esperava uma escalação mais fechada do Santa Cruz. Com Renatinho, Caça-Rato e Carlos Alberto, Vica armou um time mais leve e ganhou mobilidade em relação à postura estática do Tricolor no clássico da última quinta-feira. Mas, além das peças - Raul já tinha sido barrado contra o Salgueiro e Cassiano ficará seis meses afastado por lesão - o Santa mudou principalmente a iniciativa. Entrou em campo disposto a sair para o jogo e não apenas a assistir ao Sport jogar, como no último clássico, quando acabou ‘atropelado’ em 29 minutos.
O Tricolor desta vez conseguiu equilibrar as ações, mas o Sport ainda assim conseguiu ser ligeiramente melhor. A marcação adiantada do time rubro-negro encaixou e dificultou muito a vida dos meias Carlos Alberto e Renatinho. Em uma primeira etapa sem predomínio em termos de volume de jogo, um lance de bola parada fez a diferença. Aos 21 minutos, Durval subiu bem após escanteio cobrado bem aberto pela esquerda e testou em direção ao gol. No meio do caminho, a estrela de Neto Baiano brilhou. O desvio de cabeça matou Tiago Cardoso. Sport 1 a 0.
Foi o quarto gol dele na Copa do Nordeste. O nono da temporada. Sequência construída nos últimos 11 jogos. Fazia muito tempo que um camisa 9 não desfrutava de uma fase tão especial no Sport. Afora o lance capital, Afora o lance capital, Magrão e Tiago Cardoso fizeram apenas uma defesa cada. O goleiro tricolor foi o mais exigido numa finalização de Felipe Azevedo no lance seguinte ao gol.
O gol relâmpago e a falha do Paredão
O Santa voltou diferente para o segundo tempo. Numa tentativa de dar mais velocidade ao time, Vica trocou Renatinho por Jefferson Maranhão. Nem deu tempo de observar a mudança. Com menos de um minuto, Luciano Sorriso cometeu uma falta sobre Neto Baiano pouco depois da linha do meio de campo. Recebeu cartão amarelo.
Na cobrança, Durval fez um longo lançamento para o meio da área tricolor. A tentativa parecia despretensiosa. A cabeça de Felipe Azevedo também. Mas a bola quicou no gramado. E atrapalhou Tiago Cardoso. Uma falha surpreendente do goleiro que se acostumou a fazer história na Ilha do Retiro, sendo o herói do tricampeonato estadual tricolor sobre o rival nos últimos três anos. Um lance marcante. Um contraste absoluto às defesas milagrosas.
Do lado rubro-negro, um gol para firmar a condição de titular de Felipe Azevedo, destaque no clássico da semana anterior com dois gols, no seu retorno ao time titular. O Santa Cruz acusou o golpe. Mas precisava buscar forças. Àquela altura, um gol fora de casa seria importantíssimo para diminuir o prejuízo dado o regulamento da competição. As tentativas, tímidas, foram em vão. O segundo tempo se desenrolou burocrático e só interessou ao Sport.

Globoesporte.com

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