Cafu, ex-jogador da seleção brasileira (Foto: Edgard Maciel de Sá)
Depois
da goleada por 7 a 1 sofrida pelo Brasil contra a Alemanha, Cafu, o
capitão do pentacampeonato, foi até ao vestiário conversar com a
comissão técnica e dar apoio aos jogadores. Para sua surpresa,
funcionários da CBF, a mando do presidente José Maria Marin, retiraram o
ex-jogador do local por ser um "estranho". Ele disse que respeitou a
decisão, mas ironizou. - Eu tive a oportunidade de dar um pulo no vestiário, algo que eu sempre fazia quando tinha a oportunidade para conversar com Felipão, Parreira, Murtosa, e com o próprio Marin. Falei com os jogadores e até perguntei ao Felipão se queria que eu falasse algo com eles para dar um incentivo, porque neste momento o que eles mais precisam é de força. Por causa do resultado, eles serão massacrados. Mas, para surpresa minha, funcionários da CBF pediram para eu sair do vestiário porque o presidente não queria ninguém estranho ali. Eu teria que sair naquele momento. Respeitei a decisão, até porque ele é o presidente, e saí. Conhecendo ou não futebol, ele é a autoridade máxima - contou à rádio CBN.
Sobre o desastre brasileiro, Cafu disse que os alemães deram uma aula em campo e tiveram os méritos da classificação para a final. Ele, que chegou a três decisões de Copa, afirmou que ao menos esta geração terá a oportunidade de chegar mais preparada e experiente no próximo Mundial, na Rússia, em 2018.
- Não foi o resultado que esperávamos, óbvio. Não tivemos poder de reação, mas também não podemos tirar o mérito da Alemanha. Eles encantaram, nos deram uma lição de tática e técnica. Mas agora não adianta massacrar os meninos, que ainda têm um jogo pela frente na disputa pelo terceiro lugar. Tem coisas boas, mas com esse resultado é até difícil procurar explicações. Ao menos essa geração vai chegar mais experiente na próxima Copa, nem tudo está perdido.
Cafu disse que o mais preocupante, em sua avaliação, é a queda do nível técnico do Campeonato Brasileiro nos últimos anos. Para ele, há o impacto direto na Seleção. O ex-camisa 2 considera que o melhor caminho é a profissionalização desde as categorias de base.
- O nível técnico vem caindo a cada ano que passa, e estamos perdendo espaço para outros campeonatos que não tinham tanto poder. Ficou comprovado isso hoje. Falta profissionalizarmos desde a base.
O Brasil disputa o terceiro lugar da Copa no próximo sábado, em Brasília, com o perdedor do duelo Argentina x Holanda, que se enfrentam nesta quarta-feira, em São Paulo.
Por Globo Esporte
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