22/11/2014

Rosilene quebra o silêncio e confirma que não é candidata na eleição da FPF


Rosilene Gomes, presidente da Federação Paraibana de Futebol (Foto: Renata Vasconcellos)
Foto: Renata Vasconcellos
Foram meses sem dar uma palavra sequer para a imprensa. Desde que foi afastada da Federação Paraibana de Futebol (FPF), no dia 3 de abril, a ex-presidente Rosilene Gomes adotou o silêncio como aliado. Não queria falar sobre a decisão judicial, nem sobre o trabalho da Junta Administrativa que assumiu a entidade. Muito menos sobre futuro.

Tudo isso até este sábado. Em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com, Rosilene Gomes abriu o jogo e confirmou que não será candidata à eleição da FPF, no dia 12 de dezembro. Mas não ficará completamente afastada do pleito, uma vez que está apoiando a chapa encabeçada por Amadeu Rodrigues.
Entendo que Amadeu é o melhor para a FPF nesse momento. Ele tem bandeira branca, aquilo que sempre preguei. Também não é ligado a nenhum clube e tem história dentro da Federação, já que seu pai foi diretor de árbitros
- Entendo que o Amadeu é o melhor para a FPF nesse momento. Ele tem a bandeira branca, aquilo que sempre preguei. Também não é ligado a nenhum clube e tem história dentro da Federação, já que seu pai foi diretor de árbitros. Estou convicta de que é o melhor para os clubes - avisou a dirigente.
O apoio a Amadeu Rodrigues, que lançou pré candidatura ao lado de Nosman Barreiro, é uma resposta àquilo que Rosilene não quer ver na FPF - segundo ela, de uma diretoria composta por torcedores ligados a determinados clubes. Sem meias palavras, mandou um recado para outros pré-candidatos como Olavo Rodrigues (ex-presidente do Treze), João Máximo (ex-presidente do Auto Esporte) e Ariano Wanderley (ex-vice de futebol do Botafogo-PB e candidato a vice na chapa de Coriolano Coutinho.
- São pessoas ligadas a clubes e penso que para ser presidente da Federação tem que ser limpo. A Federação não pode ser administrada por torcedores. Isso seria uma barbaridade.
Rosilene Gomes justificou a decisão de não se candidatar para mais um mandado à frente da entidade para atender um pedido dos filhos. E também para dar mais atenção ao marido, Juracy Pedro Gomes, como quem está casada há mais de 50 anos.
- Essa é a hora de ficar ao lado dele, que acabou de fazer uma segunda cirurgia no coração e precisa da minha presença. Ele nem me pediu isso, mas sinto que agora é a hora de dar um pouco mais de mim para ele. Afinal, foram 25 anos dedicados ao futebol.
Medindo as palavras, mas à vontade para falar sobre o seu afastamento quase oito meses depois, Rosilene disse se tratar de um "golpe", mas revelou estar realizada com o apoio que recebeu dos clubes. Repetiu o que dissera antes, num de seus rápidos pronunciamentos.
- Não sabia que era tão amada pelos clubes. Pelo menos para isso esse golpe que fizeram comigo serviu para me mostrar.
Por fim, Rosilene revelou uma sondagem da CBF para assumir um cargo de diretoria, mais precisamente ligada ao futebol feminino.
- Sou amiga do presidente (José Maria) Marin há mais de 50 anos. Ele vem sempre à minha casa e me fez esse convite para trabalhar com o futebol feminino do Brasil. É uma coisa que eu gosto de fazer. Mas disse a ele que neste momento é difícil. A prioridade é a saúde de Juracy. Também recebi o convite do Amadeu (Rodrigues, candidato que apoia para a FPF), mas é a mesma coisa. Por enquanto, não posso assumir nada - confirmou Rosilene Gomes.

Por Globo Esporte PB

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