Segundo matemático Tristão Garcia, com 46 pontos um time não corre risco de rebaixamento. Para isso, Palmeiras deve ganhar dois a cada três pontos
O caminho até a zona de conforto é longo. De acordo com Tristão, para uma equipe não correr qualquer risco de ser rebaixada, é preciso chegar a 46 pontos. Desde a implantação do atual formato do Brasileirão, com 20 times e quatro degolados, já houve quem se salvasse com 42 (Atlético-GO, em 2010) e também quem caísse com 45 (Coritiba, em 2009). Com 26 pontos e em 18º lugar, o Palmeiras precisa ganhar 20 pontos em 30 para não dar sopa ao azar. Isto significa trocar o desempenho de equipe que briga para não cair por um de time que luta pelo título.
- O Palmeiras vai ter que jogar como um campeão. Precisa fazer (uma média de) dois pontos por jogo, que é o que a gente projeta no início do campeonato para quem vai levar o título. No momento, só dois times têm desempenho assim: o líder Fluminense, que tem seis pontos de folga em relação a esta meta, e o Atlético-MG, que com a goleada de sábado chegou exatamente a este aproveitamento - explicou o matemático.
A história mostra a torcedores dos integrantes do Z-4 que é possível sair de situações desesperadoras. Em 2009, ao fim da 28ª rodada, o Fluminense segurava a lanterna, com 22 pontos. Em seus últimos 10 jogos naquele ano, o Tricolor ganhou 24 de 30 pontos e conseguiu a salvação, com 46.
Mais acima na tabela, Ponte Preta, Santos, Bahia, Flamengo, Portuguesa, Cruzeiro, Náutico e Corinthians têm, se somados seus percentuais, 30% de risco de rebaixamento. Curioso é notar a situação do Flamengo, que está à frente de Bahia e Santos na tabela de classificação, mas tem risco maior (6%, contra 4% dos rivais). Tristão explica:
- O perfil do Flamengo é mais fraco que o do Bahia no momento. O Bahia vem jogando muito mais forte que o Flamengo (reação do time no segundo turno). Não pego simplesmente a média geral, é algo ponderado, os últimos seis jogos no traçado do perfil têm peso maior.
Ano passado, a 10 rodadas do fim, o Atlético-MG abria a zona de rebaixamento, com os mesmos 27 pontos que tem hoje o Sport. O Galo ganhou 18 de 30 pontos, chegou a 45 e escapou da degola, em 15º lugar. Em 2011, o primeiro salvo foi o Cruzeiro, com 43.
Nenhum comentário:
Postar um comentário