07/06/2013

No dilema entre investir ou conter gastos, Flamengo já admite nome de peso para assumir o comando técnico

 



O momento de crise que vive o Flamengo, deflagrado com a demissão de Jorginho, na madrugada de quinta-feira, colocou a diretoria em um dilema: manter a política de redução de despesas ou abrir o cofre para a chegada de um nome de peso? E os dirigentes já admitem buscar um treinador renomado para comandar a equipe no restante do Brasileirão e da Copa do Brasil. O nome de consenso é o de Mano Menezes, e o vice de futebol Wallim Vasconcellos retornou ao Rio de Janeiro disposto a iniciar os contatos. Informações, porém, dão conta de que, em uma primeira sondagem, o ex-comandante da Seleção não é muito entusiasta da ideia. Celso Roth , uma possibilidade mais viável aos cofres rubro-negros, tem a admiração do diretor de futebol Paulo Pelaipe, mas o próprio dirigente procurou a reportagem do GLOBOESPORTE.COM para descartar o nome. O retrospecto em outras passagens pela Gávea pesou contra o gaúcho.
A situação de forte pressão vivida pelo clube faz com que a diretoria ache válido o investimento em um nome de peso para impor respeito. Desempregado desde novembro do ano passado, Mano revelou recentemente em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM que voltaria a trabalhar em junho. Especulado no Porto, de Portugal, ele viu o sonho de ir para o Dragão naufragar com o acerto dos lusos com Paulo Fonseca, ex-Paços Ferreira. O treinador, porém, nunca descartou um acerto com uma equipe brasileira e condicionou apenas a "ter possibilidades de desempenhar um bom trabalho". A realidade atual do Flamengo, diante desse panorama, preocupa. Diretor executivo, Paulo Pelaipe já demonstrou na ocasião da demissão de Dorival Junior uma preferência por Celso Roth. O nome, entretanto, encontrou resistência na alta cúpula e até mesmo com o torcedor. Em enquete realizada no GLOBOESPORTE.COM, por exemplo, o gaúcho conta com apenas 1% da preferência do torcedor em disputa com o próprio Mano, Muricy Ramalho, Renato Gaúcho e Andrade.

Roth, por outro lado, seria uma solução mais adequada ao discurso de austeridade da nova diretoria. O próprio Jorginho foi escolhido há três meses por esse motivo e, em diálogo com o grupo para justificar as dispensas de Alex Silva e Ibson, admitiu saber que o nome dos sonhos era o de Mano Menezes. O tetracampeão chegou ao clube para substituir Dorival Júnior, outra vítima da política de redução de despesas.

Além de Mano e Roth, outros nomes estão disponíveis no mercado. Muricy Ramalho, demitido recentemente do Santos, se encaixa no mesmo perfil do ex-técnico da Seleção, enquanto Renato Gaúcho, que declarou recentemente o desejo de comandar o clube onde foi campeão brasileiro em 1987, seria um investimento mais barato. Técnico no hexa de 2009, Andrade é outro desempregado, mas não goza de muito prestígio e se recupera de problema de saúde.

Enquanto faz as contas e busca argumentos para convencer Mano Menezes, o Flamengo será comandado pelo ex-zagueiro Jaime de Almeida na partida contra o Criciúma, sábado, às 16h20m (de Brasília), no Heriberto Hulse, pela quinta rodada do Brasileirão. O interino era auxiliar técnico de Jorginho ao lado de Aílton Ferraz, que também deixou o clube.


GE

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