10/06/2014

Auto Esporte, Sousa e Queimadense pedem à FPF o rebaixamento sumário do CSP


Sede da Federação Paraibana de Futebol (Foto: Phelipe Caldas / GloboEsporte.com/pb)
 Caso está no momento no âmbito administrativo da Federação Paraibana de Futebol(Foto: Phelipe Caldas / GloboEsporte.com/pb)
O Campeonato Paraibano parece que não tem fim. E agora a expectativa é que a competição vá parar nos tribunais. Auto Esporte, Sousa e Queimandense uniram forças e iniciaram uma ofensiva contra o CSP, pedindo a perda de todos os pontos do clube de João Pessoa e o rebaixamento sumário da equipe para a 2ª divisão do estadual.
O advogado que responde pelos três clubes, Fernando Lamar, diz que duas irregularidades principais tornam inválidos todos os contratos de jogadores do CSP, o que inviabilizaria a participação da equipe no Paraibano.
Ele explica que estes contratos, firmados entre clube e jogadores, foram assinados por Josivaldo Alves, que ao contrário do que se dizia não é o presidente do CSP. Este cargo é ocupado por um homônimo, Josivaldo Gomes, que teria passado uma procuração "transferindo poderes".
O problema é que, segundo o entendimento do advogado, as regras da Fifa não permitem que este tipo de contrato seja feito por  intermédio de procuração. E depois, Josivaldo Gomes foi suspenso por um ano pelo STJD, em 2013, o que tornaria sem efeito qualquer procuração emitida por ele.
Desde 9 de maio de 2013 o presidente Josivaldo Gomes está suspenso. E portanto, desde esta data os poderes da procuração perderam a validade"
Fernando Lamar, advogado, questionando a validade dos contratos firmados por Josivaldo Alves com os jogadores do clube pessoense
 - Não se assina contrato por procuração. E mesmo que isto fosse possível, o que na minha opinião não é o caso, ainda assim existiria a irregularidade. Porque desde 9 de maio de 2013 o presidente Josivaldo Gomes está suspenso. E portanto, desde esta data os poderes da procuração perderam a validade - declarou.
O advogado destaca ainda um terceiro problema que pesaria contra o clube de João Pessoa. Segundo ele, a procuração, mesmo irregular, só foi apresentada na sede da Federação em 28 de maio, quando o clube já se sentia ameaçado por uma possível punição.
A princípio, contudo, não existe ação judicial. Os clubes entraram com uma "solicitação de providência" por parte da Federação Paraibana de Futebol, exigindo que a entidade tome as "providências cabíveis".
Lamar explica que só depois, caso a FPF não exclua o CSP, é que os clubes vão ingressas com uma ação judicial. E aí já seria direto no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, já que foi o órgão que puniu o CSP no ano passado.
- Esperamos que o assunto seja resolvido administrativamente no âmbito da Federação Paraibana de Futebol. Mas se o pleito não for atendido, vou conversar com os clubes sobre o melhor a fazer. A tendência neste caso seria mesmo acionar a justiça - declarou o advogado.
Se o CSP fosse realmente punido, os três clubes se beneficiariam em diferentes níveis. O Auto passaria a ser o campeão simbólico da 1ª fase, o Sousa passaria a se classificar para as semifinais como segundo colocado da 1ª fase e a Queimadense conseguiria evitar o rebaixamento para a 2ª divisão do Paraibano.
A primeira parte desta "empreitada", inclusive, deve ser definida nesta terça-feira. É este o prazo dado por Ariano Wanderley, que ocupa uma das vagas da Junta Administrativa da FPF, para que a entidade se posicione sobre a questão.
Uma ida aos tribunais pode complicar ainda mais o campeonato, que já estourou várias vezes os prazos para se encerrar. E isto poderia atrapalhar a indicação do clube da Paraíba para a Série D. 

Por Globo Esporte PB

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