Extremos se aproximam mais do que nunca no atual modelo do Campeonato Brasileiro, do 5° ao 17° são sete pontos de diferença

 

O Cruzeiro faz voo solo na corrida pelo título do Campeonato Brasileiro, e a situação no G-4 passa por certa estabilidade: Grêmio, Atlético-PR e Botafogo caminham a uma distância confortável dos rivais mais próximos. Daí para baixo, no entanto, a disputa é apertada, ponto a ponto, como nunca aconteceu nas edições de pontos corridos com 20 clubes. Apenas sete pontos separam o quinto colocado, o Atlético-MG (39), do Vasco, que abre a zona de rebaixamento, com 32. É a menor diferença a esta altura da competição desde 2006. A média dessa diferença nas últimas sete edições é de 15,4 pontos.
Ao se considerar a pontuação média que costumou ser suficiente para livrar os times do rebaixamento (45 ou 46 pontos) nos últimos anos, os times imediatamente abaixo do G-4 parecem a salvo, mas não dá para descuidar quando o limite da zona de degola está a menos de três derrotas de distância, restando 11 jogos pela frente. Com isso, a briga está aberta, e o estado de alerta, ligado.
Até agora, o ano em que o quinto colocado esteve mais próximo da zona de rebaixamento a esta altura da competição foi em 2007, quando o Fluminense somava 43 pontos, dez acima do Corinthians, o primeiro na degola. No outro extremo, a maior vantagem aconteceu no ano seguinte, com 19 pontos: o São Paulo tinha 46, contra 27 da Portuguesa.

Nas duas últimas edições, a diferença também era grande a essa altura, entre o primeiro fora do G-4 e o primeiro na zona de rebaixamento. Em 2012, o São Paulo tinha 43 pontos, contra 27 do Sport, uma diferença de 16 pontos. Em 2011, o quinto era o Fluminense, com 44 pontos, 17 acima do Atlético-PR, com 27.
A disputa se acirrou ainda mais após a 27ª rodada deste ano por causa dos resultados positivos de equipes que estavam na parte de baixo da tabela de classificação, pois seis deles venceram - Ponte Preta, Vasco, São Paulo, Criciúma, Bahia e Coritiba - e apenas o Náutico perdeu.

GE